Cefet/RJ debate educação e inovação no Fórum Juventude em Movimento
No dia 23 de junho, a Unidade Maracanã sediou o Fórum Juventude em Movimento, organizado pelo Projeto CariocaMUN, que busca democratizar o acesso de jovens à educação e a oportunidades internacionais, e pelo MODOW, modelo diplomático do Cefet/RJ, que visa proporcionar experiências práticas e educativas para jovens, incluindo conhecimentos sobre relações internacionais e simulações da ONU. O evento teve uma programação extensa que durou o dia todo, incluindo quatro painéis que trataram de temas como inovação e o futuro da ciência e da tecnologia, educação e oportunidades internacionais, desafios e soluções para o planeta rumo à COP30 e ativismo e impacto social.
A abertura do fórum contou com a apresentação da secretária municipal de Ciência e Tecnologia, a vereadora e professora Tatiana Roque, que destacou o papel da juventude no contexto de expansão de novas tecnologias. Segundo ela, se deixadas à própria sorte, essas tecnologias podem aprofundar as desigualdades econômicas. De acordo com Tatiana, a prefeitura se preocupa com o desenvolvimento social e investe em capacitação de jovens para transformar o futuro por meio das tecnologias.
– A tecnologia permeia diversas áreas profissionais e isso traz um desafio, pois o nosso ensino ainda é muito conteudista, disciplinar e, atualmente, isso já não faz muito sentido diante das mudanças tecnológicas. Hoje o ensino precisa de versatilidade. É preciso ensinar habilidades para desenvolver justamente essa versatilidade – ressaltou a vereadora.
Tatiana Roque encerrou sua fala deixando uma palavra de esperança e um convite para que os jovens participassem ativamente desses novos desafios, principalmente no que diz respeito às mudanças tecnológicas e às mudanças climáticas.
Também participou da mesa de abertura Alessandro Silva, da IEEE Robotics and Automation Society. Ele lembrou que, no Brasil, a IEEE tem cinco sessões, sendo a do Rio de Janeiro no espaço de universidades como o Cefet/RJ. Para ele, a missão da IEEE é iniciar os jovens no desenvolvimento de projetos que possam auxiliar em outros cursos técnicos e de graduação (eletrônica, elétrica, mecânica) inseridos nesse espaço da sociedade de robótica e automação. A palestra de abertura contou, ainda, com a presença de Natali Emerick, do Parque Tecnológico da UFRJ, Arthur Souza, da Visão Coop, e Daniel Rodrigues, do MODOW, que atuou como mediador.
Na parte da tarde, a programação contou com diversas palestras. O painel “Horizontes” teve apresentações de Alessandra Santos, gestora pública e coordenadora de apoio à Gestão Escolar da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, Diogo Campos, coordenador do Espaço da Juventude da Secretaria Especial da Juventude Carioca (JUV-RIO), Alef Martins, representante da JUV-RIO no Comitê Agenda Cidade UNICEF, Maria Eduarda Freitas, cofundadora da CariocaMUN e ativista pela educação. Já o painel “Rumo à COP30” teve as participações de Pedro Itamares, comunicador socioambiental, negociador climático e pesquisador de advocacy DH e meio ambiente, Gaio Jorge, engenheiro de alimentos e negociador climático, Tainá de Paula, secretária de Meio Ambiente e Clima da cidade do Rio de Janeiro, e Cauê Ranif, fundador da YAAP Brasil. O último painel, “Vozes que ecoam”, contou com a presença de Gabriella Rodrigues, secretária municipal de Juventude, Charlie Gomes, fundador da Rocinha Comunic, parlamentar, jornalista em formação e ativista climático, e Suzana Marques, cofundadora da CariocaMUN e ativista.
Os palestrantes destacaram questões de desigualdade social, que muitas vezes colocam os jovens em situações de vulnerabilidade, como moradia mais distante dos centros urbanos. Há também aqueles que têm dificuldade de enxergar novas perspectivas por precisarem buscar trabalho e renda antes de conseguirem investir em educação formal de nível superior.
A temática da sustentabilidade e iniciativas voltadas ao meio ambiente também foram discutidas durante o fórum, com a intenção de identificar problemas reais da cidade do Rio de Janeiro e buscar soluções inteligentes de resiliência. Foi debatida ainda a necessidade de se colocar em prática ações sustentáveis e a importância da presença de jovens, por meio de movimentos e redes de juventude, visando caminhos de transformação social.
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